sexta-feira, 6 de maio de 2011

Acho que perdi alguma coisa ... Ah é a verdade !

   Diário desculpa ter abandonado você, mas é que aconteceu tanta coisa que eu ainda to meio perdida. Agora vou contar.

 5 dias atrás

 Era cedo, não tinha dormido muito bem e estava cansada. Me troquei lentamente e desci até a cozinha, minha mãe me esperava sentada ela não estava sorrindo como de costume seus olhos estavam avermelhados, ela tinha chorado.
 - Querida, preciso conversar com você . - ela disse em um tom choroso . Ok, definitivamente isso não era bom.
 - O que foi mamãe ? - perguntei preocupada.
 - Querida você está tão crescida, se seu pai estivesse aqui ele teria tanto orgulho de você. - ela disse com lágrimas nos olhos.
 - Anna Carolina Monroe, me diga logo o que está acontecendo . - disse eu já assustada. Minha mãe sempre evitava falar do papai, isso sempre a deixava triste, mas algo me dizia que não era sobre o papai que ela queria conversar.
 - Ah querida eu acho que já esta na hora de você saber ...
 - Saber o que mãe ? - disse interrompendo-a.
 - Marina, você é adotada. - por fim ela disse.
  Eu estava tão atordoada, não sabia o que dizer ou o que fazer fazer. Se eu sou adotada quem eu sou ?Quem é Marina Eleonora Monroe ?
 - Marina, querida está tudo bem ? - minha mãe perguntou preocupada.
  Eu não consegui responder as palavras não saiam . Foi então que eu vi um pacote um velho em cima da mesa.
 - O que é isso ?- perguntei apontando para o pacote. Ok, a curiosidade era maior que o choque.
 - Isso foi entregue a mim junto de você .- Mais um choque.
 - C-como assim mãe ?- disse mal conseguindo juntar as palavras.Ela disse o que eu acho que ouvi ?
 - Querida, deixe me explicar. - ela me olho com aqueles olhos cor-de-mel.
 - Explique. - disse em um suspiro.
 - Querida a 15 anos eu e seu pai não éramos daqui, vivíamos em um reino muito longe daqui pra dizer a verdade . Então, um dia veio a guerra, batalhas sangrentas. Eu e seu pai decidimos fugir dali. Era noite e já estávamos na floresta quando seu pai ouviu alguém se aproximar, seu pai o capturou e percebei que era só um menino devia ter a idade que você tem agora e carregava um bebê, querida esse bebê era você,  ele parecia assustado ele disse que o pai tinha morrido na batalha e a mãe tinha acabado de morrer no parto de seus irmãos .- Pera aí irmãos ?-  Ele implorou pra que fugíssemos com você e voltou para a batalha deixando esse pacote, disse que eram bens de família.- Ela disse.
  Eu não disse nada, sentei-me e peguei o pacote em meu colo. Eu queria abri-lo mas tinha medo do que encontraria ali.
  - Pode abrir querida. -minha mãe disse com cautela.
 Reunindo todas minhas forças eu abri o pacote e dentro dele havia três coisas : Um saco de couro com moedas de ouro dentro, uma espada e um brasão de ouro maciço seu símbolo era um coração e dois grifos.- Como eu sei o que é um grifo ? Mamãe tem um livro sobre monstros e criaturas e eu gosto de ler, ok  ? Eu acho interessante. - O que era aquele brasão ?
  - Achamos que seu verdadeiro pai era um grande general, sabe, por causa desse brasão.- mamãe disse percebendo meu olhar intrigado.
  -Você e o papai sempre vão ser minha familia mesmo o papai não estando mais entre nós.- eu disse com abraçando-a .
 Então ela começou a chorar. Eu não ia conseguir ficar ali, peguei o brasão e disse;
 - Mãe eu vou até a casa da Camile.
 - Vá querida - ela disse entre soluços.
 Eu estava chocada com toda a conversa que acabara de ter, caminhava lenta mente pelas ruas do vilarejo eu ainda estava brigada com Camile, mas eu precisava contar para alguém. Então eu esbarrei em alguém e pra melhorara meu humor eu tinha esbarrado no Luca, o viajante misterioso que por algum motivo tão misterioso quanto ele me irritava profundamente.
 - Bom dia !- ele disse com gentileza fingindo não se importar com o esbarrão
 - Bom dia. - eu disse ríspida.
 Continuei a andar sem dar mais assunto a aquele garoto. Não demorou muito par ele estar ao meu lado.
 - Que mal-humor. teve uma má noite de sono ?- ele chutou.
 - É foi isso . - disse encerrando o assunto.
 Ele ma acompanhou até a estalagem.-Por que ele fez isso se eu estava sendo tão rude com ele ?- Camile estava em lá, ao me ver virou a cara e se virou para entrar.
 - Camile , por favor eu preciso falar com você. -disse num tom choroso esquecendo da minha companhia.
 - Marina está tudo bem ?-  ela perguntou em um tom protetor e fazendo menção para eu entrar .
 Entrei e fomos direto para o quarto de Camile, então eu disse:
 - Camile, hoje descobri que sou adotada. - disse tirando o brasão do bolso.
 Eu vi milhões de pergunta se formarem em sua mente, vi a confusão em seus olhos até que ela disse :
 - O que é isso ?- perguntou ela olhando para o brasão. ok, não era a pergunta que eu esperava.
 - É um brasão, minha mãe disse que meu ... Er irmão entregou a ela junto de mim.- disse
 - Como ? - perguntou ela confusa. Então contei a ela toda a historia.
 - Ah, Marina eu tenho sido uma péssima amiga .- ela disse me abraçando quando eu terminei.
 - É tem mesmo. - eu disse e ambas rimos
 - Vamos, o festa já vai começar.- ela disse .Eu já tinha me esquecido do festival .
 O vilarejo todo estava ali em uma pequena multidão de rostos conhecidos. Um pouco de normalidade era disso que eu estava precisando.
 - Marina ? - alguém chamou.Me virei pra ver quem era.E era um garoto alto magro de cabelos escuros cortados de forma estranha. Luca, era só o que me faltava.
 - Bom dia .- disse tentando parecer educada.
 - Bom dia ! Já esta de melhor humor agora ?- ele disse sorrindo.
 - E quando eu estive de mal humor ?- disse sarcasticamente. Ele riu. Então Camile pigarreou alto.
 - Ah Luca essa é Camile, Camile esse é Luca .- apresentando-os
 - Prazer.- disse ele - Ei, você não é a filha dos donos da estalagem ?- perguntou ele .
 - Sim sou.- Camile respondeu corando.
 - Ah Luca finalmente te achei.- disse um garoto alto, não tento quanto Luca, forte e loiro com os cabelos até a altura dos ombros.
 - Ei, Marco, essas são Camile e Marina.- ele disse ao amigo apontado para nós.
 - Ah, olá sou Marco. - ele disse .
 - Prazer em conhece-lo .- disse Camile.
 - Prazer . - respondeu ele me encarando com seus olhos azuis. Senti meu rosto corar
 - Prazer . - eu disse sem jeito.
 - Bem, nos vemos por aí .- Camile disse me puxando. quando já estávamos a alguma distancia ela disse :
 - O que foi aquilo ?
 - Não sei .- respondi corando ainda mais.
 O resto do dia foi divertido, teve jogos comuns no festiva e a noite teve uma fogueira Marco e Luca estavam lá, mas não vieram falar conosco.
 Foi pra casa e dormi bem, de forma que eu não fazia a dias.

 4 dias atrás

 Foi um dia calmo. Eu e minha mãe decidimos não entrar no assunto de eu ter sido adotada porque pra mim ela sempre seria minha mãe.Camile e eu estávamos bem de novo. Tudo estava perfeito.

 Ontem

 Foi o fim da minha paz.
 Acordei tarde me troquei e desci, minha mãe já estava pondo o almoço na mesa.
 - Querida coma algo.- disse minha mãe ao me ver, e como em resposta meu estômago roncou alto, eu estava faminta. Eu ri e me sentei.Comi rapidamente.
 - Mãe vou na falar com Camile.- disse ao terminar.
 - Claro querida. -disse minha mãe com um sorriso no rosto.
 Sai correndo sem motivo pelas pequenas ruas cruzadas do vilarejo.Até que esbarrei em alguém e ambos fomos ao chão, e adivinhe quem era.
 - Ei correndo desse jeito você pode se machucar ou machucar alguém.- Luca disse rindo em quanto se levantava.então ele estendeu a mão pra me ajudar a levantar.
 - Desculpe .- disse rindo e pegando a mão dele. Então eu vi um objeto brilhando no chão. Era o meu brasão.Mas não era possível, eu ainda sentia o peso dele no meu bolso. Pus a mão no bolso só pra verificar, ele estava lá.
 Luca segui a direção do meu olhar .
 - Ah deve ter caido.- disse pegando o brasão e pondo no bolso.
 - Luca, o que é isso - perguntei lívida.
 - Não é nada Marina. - ele disse pondo a mão no bolso em que guardara o Brasão.
 - Luca eu vi. - disse com um pouco de raiva.
 - Já disse Marina não é nada.- ele disse meio assustado.
 Eu tirei o meu brasão do bolso e ele observou-o mortificado.
 - Onde você consegui isso ?- ele perguntou.
 - Me amostre Luca .- disse ignorando a pergunta dele.
 Ele tirou o Brasão do bolso. Era igual ao meu, cada detalhe , cada desenho, tudo. Nó nos encaramos por um momento.
 - Marina ? - Alguém chamou. Era Camile .- Está tudo bem ?- ela perguntou.
 - Sim está. - disse a camile . - Depois nós conversamos. - Falei pra Luca. E fui em direção a Camile.
 - Marina o que está acontecendo ? - ela perguntou.
 - Não é nada Camile. Vamos - eu disse.
 O resto do dia foi normal, mas eu não tirava isso da cabeça. Anoiteceu e eu dormi muito mal.
 Bem o dia de hoje mal começou Depois eu volto com o que acontecer.

ASS.: Marina E. Monroe

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